terça-feira, 19 de julho de 2011

Bloco II - IGUALDADE

1- Loucura – Efigênia Rolim

É um pouquinho de loucura

Que está dentro de mim

Vou contar as criatura que

O mundo é sempre assim  
Eu não tenho muita cultura
Para seguir estes caminhos

Mas nas minhas aventuras

Eu sei que não estou sozinha.


Eu não sei para onde vou

Ninguém sabe de onde eu vim

Mas se deus me convidou

Eu vou ficar até o fim.


Para refletir:

- A autora Efigênia Rolim seria mesmo louca por vestir lixo?

-
Efigênia Rolim é uma Griô?

-Você sabe o que é GRIÔ?

- Qual a diferença entre conhecimento e sabedoria?


- “A maior felicidade não é voar alto, mas ter onde pousar”. O que a autora quer dizer?


Leitura complementar: Ação Griô

2-Forjando a Revolução – Oficina de Músicos da Escola Milton Santos em Maringá Pr.
As lutas plantam sementes
Que os sonhos vão germinar
Brotando nos corações presentes
A vida que vai chegar
Como as águas das nascentes que fazem a roda girar
Como as águas das nascentes que fazem a roda girar.
Assim segue o povo que luta
Vivendo real sem engano
Traçando a firme conduta
De libertar o ser humano.
As vozes tremulam a bandeira
Na luta da transformação
A morte rompe a trincheira
E os sonhos vencem o canhão.
Os povos seguem em fileira forjando a revolução
Os povos seguem em fileira forjando a revolução
Assim segue o povo que luta
Vivendo real sem engano
Traçando a firme conduta
De libertar o ser humano.

Para refletir:
- Como se liberta o ser humano?
- Quem é o povo que luta?
- A morte rompe trincheira e o sonho vence o canhão. A que está se referindo a canção?


3- AGRICULTOR EM CONSTRUÇÃO
(Plínio Fortes Alcântara Filho)
De onde vem tamanho esforço
Em se dobrar assim o dorso
Prá cultivar esse chão?
De onde vem este gosto
De se irrigar o solo com o suor do rosto
Prá ver brotar a plantação?
Não! Isso não vem. Já nasce com a gente
Assim como se nasce um dente
Sem nunca ter sido plantado.
Não precisa de semente,
E como a gente fica contente
Em ver um dente brotado.
De tanto pegar na enxada
A mão fica calejada
E até cheia de ferida.
Mas vale a pena a empreitada,
A alma fica lavada
De ver nascer o verde da vida.
E isso, falo com franqueza,
Como é doce a natureza
Que faz um útero do seu chão.
Para que você com certeza,
Possa ter em sua mesa
O arroz e o feijão.
Alimenta e veste a humanidade.
Mas é preciso também de sorte,
Além de um braço forte
De um homem trabalhador.
O verde nasce, cresce, ganha porte,
A vida vence a morte
Graças ao Agricultor...
Sem falar na energia
Que movimenta todo dia
O carro da gente urbana.
Para isso lá na roça,
Ele, andando de carroça,
Fabrica o álcool a partir da cana.
E assim ele se motiva,
Busca nova alternativa,
A necessidade é sua dona.
E prá movimentar o caminhão
Que transporta a produção.
Faz o Biodiesel, da mamona.
E é soja, trigo,arroz,feijão,
Milho,café,leite,algodão,
Mamona,cana,girassol,
Mandioca,fruta,verdura,
Qualquer tipo de cultura
É explorada de sol a sol...
E esse valor ninguém tira
Daquele que é chamado de caipira
Pelo povo da cidade.
E nessa discriminação,
O Agricultor em Construção
E deixando de lado a hipocrisia,
Invocando a Virgem Maria,
Mãe de Nosso Senhor.
Quem é que nos daria
O pão nosso de cada dia
Se não fosse o Agricultor????

Para refletir:
- Qual a importância da agricultura familiar?
- É possível a cidade se manter sem o campo?

Vaca Estrêla e Boi Fubá – Patativa do Assaré

Seu dotô me de licença
Pra minha história contá
Hoje eu tô na terra estranha
E é bem triste o meu pená
Mas já fui muito feliz
Vvendo no meiu lugá
Eu tinha cavalo bom
Gostava de campeá
E todo dia aboiava
Na porteira do currá
eh eh eh ah, ehhh...eh..... vaca Estrela, ô, boi Fubá
Eu sou fio do nordeste
Não nego o meu natura
Mas uma seca medonha
Me tangeu de lá pra cá
Lá eu tinha o meu gadinho
Não é bom nem imaginá
Minha linda vaca Estrela
E o meu belo boi Fubá
Quando era de tardezinha
Eu começava a aboiá
Ê, vaca Estrela, ô, boi Fubá
Aquela seca medonha
Fez tudo se trapaiá
Não nasceu capim no campo
Para o gado sustentá
O sertão esturricô, fez os açude secá
Morreu minha vaca Estrela
Se acabou meu boi Fubá
Perdi tudo quanto eu tinha
Nunca mais pude aboiá
Ê, vaca Estrela, ô, boi Fubá
Hoje nas terra do sul
Longe do torrão natá
Quando eu vejo em minha frente
Uma boiada passá
As água corre dos oios
Começo logo a chorá
Lembro minha vaca Estrela
E o meu lindo boi Fubá
Com sodade do nordeste
Dá vontade de aboiá
Ê, vaca Estrela, ô, boi Fubá

Para refletir:

- Quem é o povo que é obrigado a sair de sua terra e vir para o Sul? Por que?
- Você sabe o que é a transposição do Rio São Francisco?
- Sabe as consequências ambientais que podem acarretar?

Chover
(Lirinha)
"O sabiá no sertão
Quando canta me comove,
Passa três meses cantando
E sem cantar passa nove
Porque tem a obrigação
De só canta quando/ chove
Quando chove no sertão
O sol deita e a água rola
O sapo vomita espuma
Onde um boi pisa se atola
E a fartura esconde o saco
Que a fome pedia esmola

Para refletir:
- Dê a sua versão para o poema acima. Ele trata de que?
- Faça mais um verso para o poema.
5 - ORGULHO DE SER CAMPONÊS
( VANDERLEI LUIZ LOMBARDI)
Pouco sei da escrita
Mas do campo sou poeta
Não sei dessa gente esquisita
Que pela cidade anda inquieta
A natureza tem poesia
É assim que sou feliz
Na simplicidade do dia-a-dia
Encontro à vida que sempre quis
Minha vida é minha terra
Valem ouro meus vizinhos
A vivência é mais sincera
E há flores pelos caminhos
Aqui tem fruta no pé
E tem bicho pra todo lado
Banho de rio pra quem quiser
Sem medo de estar contaminado
Só porque sou camponês
Alguns até fazem troça
Mas queria só uma vez
Te ensinar a fazer roça
Se reparas no meu jeito
E não sabes compreender
Não percebes que o meu respeito
Vale mais que o teu saber
Não sou o Jeca atrasado
Que muitos querem lhes mostrar
Do mundo sou letrado
Não me deixo enganar
O perigo eu bem sei
Está a ameaçar
Até usam a lei
Para seu mal justificar
Meu grande inimigo
É o tal agronegócio
Pra natureza é um perigo
Enchem tudo de agrotóxico
Destroem em nome do capital
Devoram até a cultura
Matam animal e vegetal
Matam com a monocultura
Querem tudo comprar
Tudo é questão de dinheiro
Contaminam terra, água e ar
E o que se produz mandam pro estrangeiro
Vou dar minha opinião
Mesmo sem ela ser pedida
Quem vende seu chão
Vende junto a sua vida

Para refletir:
- Pesquise sobre o uso de agrotóxicos.
- Em sua opinião os trabalhadores(as) do campo tem sua cultura valorizada como deveriam?
- Quem emprega mais a agricultura familiar ou o agronegócio?
- Quem produz mais alimento para a mesa da população a agricultura familiar ou o agronegócio?

Sugestão: Assista bloco 5/ 2- Movimento da Economia Solidária/ 3- Movimento de Agroecologia .

6-Educação do Campo
(Gilvan dos Santos)
A educação do campo do povo agricultor
Precisa de uma enxada de um lápis e de um trator
Precisa educador pra trocar conhecimento
O maior ensinamento é a vida e seu valor.

Dessa história nós somos os sujeitos
Lutamos pela vida pelo que é de direito
As nossas marcas se espalham pelo chão
A nossa escola ela vem do coração.

Se a humanidade produziu tanto saber
O rádio a ciência e a cartilha do ABC
Mas falta empreender a solidariedade
Soletrar nossa verdade está faltando acontecer.

Para refletir:
- Em sua opinião seria somente isto o que falta para a educação do campo?
- Você conhece as Diretrizes das Educação do Campo? Que tal pesquisar?
- É a cidade que deve dizer como e o que o povo do campo deve aprender?
- O que fazer?

7-Antenor Lima (fala A)

8-Poema - Jaqueline Yasmin Peter – Assentamento Eli Vive -
As vezes nos perguntamos
O que é educação?
A emoção nos possibilita
A ver a vida de uma forma grandiosa.
Do mundo o silêncio
Da voz uma canção
Dos olhos um brilho
Que mexem meu coração.
As pessoas que amamos
Que estão junto da gente
Nos dá vontade de viver
Mas o amor que passamos um pelo outro
Nos traz vontade de viver cada vez mais
A cada instante
Pois o tempo passa e
Aqueles que choram hoje
Podem ver sorrisos amanhã
Todos somos poetas
Basta olhar no fundo dos nossos corações
As vezes os olhos nos dão a razão para enxergar
Novos horizontes!!!.

Para refletir:
- Você concorda com a Yasmin quando diz que todos nos somos poetas? Por que?
- Você também escreve poesias? Que tal experimentar?

9- Antenor Lima (fala B)

10-Canto pela reforma - Aurélio Mattos -
Não canto para mim mesmo
Eu canto para uma massa
Que vive em busca de um sonho
Em cujo pranto não basta
E reviver este canto
Faço um apelo a esta casta
Não faço versos dispersos
Veraz eu sou como a palavra
E nem respeito o verbo
Que para mim é minha arma
Pois na verdade o que espero
É o levante da massa
Eu olho ao longe e vejo
Um mar de terra desabitada
E há cordões de romeiros
Que empunham a foice e a enxada
Que gritam ao mundo inteiro
Que a terra e de quem à ara.
Mas, logo surgem os coronéis
Que trazem a lei com suas armas
Assassinando a todos
Matando um pouco da Pátria
E se é pra morrer com o sonho
Morrem abraçados com a enxada.
Se este canto é medonho
Se o assusta, se o desagrada
Levante o espanto, o incômodo
E lute pela mudança
Pela igualdade das raças
Pela vergonha da fome
Pela esperança inacabada
Não canto para mim mesmo
Eu canto para uma massa
Que vive em busca de um sonho
Em cujo pranto não basta
E reviver este canto
Faço um apelo a esta casta.

Para refletir:
- Em sua opinião como se mata um pouco da Pátria?
- Como o verbo pode ser a “arma” do poeta?
- Quem morre abraçado com a enxada hoje em nosso País?
- A Constituição Federal diz que a terra tem que cumprir sua função social. O que isto quer
dizer?
- Em sua opinião os municípios que tem o menor IDH – ( Índice de Desenvolvimento Humano), são os que tem maior número de agricultores familiares ou latifundiários?
- Parece que todos querem e sabem da importância de se fazer a Reforma Agrária. O Projeto de Reforma Agrária da Via Campesina é o mesmo projeto dos Ruralistas?

Sugestão: Assista Bloco 5/5-Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST)

11-Terra e raiz
(I Oficina Nacional dos Músicos do MST)
A chuva cai sobre a natureza e a planta cresce gerando a riqueza
E o trabalhador luta com certeza, pra não faltar o pão sobre a nossa mesa

A terra guarda a raiz da planta que gera o pão
A madeira que dá o cabo da enxada e do violão

Liberdade é pão, vida, terra-mãe, trabalho e amor
É o grito da natureza, viola de um cantador.

A terra guarda a raiz da planta que gera o pão
A madeira que dá o cabo da enxada e do violão

É o povo em movimento, contra as cercas da concentração
Um sorriso de felicidade e a história na palma da mão.

A terra guarda a raiz da planta que gera o pão
A madeira que dá o cabo da enxada e do violão

Para refletir:
- A letra da canção sugere que a natureza oferece tudo o que necessitamos. Na sua opinião ela é tratada com respeito e zelo? Cite 3 formas de desrespeito e 3 formas de respeito.
- É possível paz, alegria, música, canto, alimento, sem os frutos da natureza?
- Que tal um texto livre ou poesia que nos fizesse refletir e agir sobre esta situação?

12- Antenor Lima (fala C)

13- Homenagem aos Meninos de 4 pinheiros.

14- Criança
(Mário Pirata)
Criança dormindo na rua
Quem finge que não vê
Acaba não vendo que finge.

15- Cola
(Gerson Guerra)
A umidade das grandes cidades,
Está descolando as solas dos sapatos.
Deve ser por isso, que as grandes cidades;
Tem o maior consumo de cola de sapateiro
Por número de pés descalços.

16-NÓS TAMBÉM QUEREMOS VIVER
(Meninos de 4 pinheiros)
Para vocês vida bela. Para nós favela.
Para vocês carro do ano. Para nós resto de pano.
Para vocês luxo. Para nós lixo
Para vocês escola. Para nós pedir esmola.
Para você ir à lua. Para nós morar na rua.
Para vocês coca-cola. Para nós cheirar cola.
Para vocês avião. Para nós camburão.
Para vocês academia. Para nós delegacia.
Para você apartamento. Para nós acampamento.
Para vocês imobiliária. Para nós reforma-agrária.
Para vocês compaixão. Para nós organização.
Está bem para vocês felicidades. Para nós somente IGUALDADE!!!.
Nós também amamos a VIDA!!

Para refletir:
- A Constituição Federal afirma que todos são iguais perante a lei. Isto em sua opinião se concretiza?
- A poesia feita pelos Meninos de 4 Pinheiros que foram retirados das ruas de Curitiba fala sobre o que?
- Que tal ampliar este poema?
- É possível mudar esta situação? Como?

17-Não vou sair do campo
(Gilvan dos Santos)
Não vou sair do campo pra poder ir pra escola
Educação do campo é direito e não esmola.
O povo camponês o homem e a mulher
O negro o quilombola com seu canto de afoxé
Ticuna, Caeté, castanheiros, seringueiros, pescadores e posseiros
Com certeza estão de pé.
Cultura e produção sujeitos da cultura
A nossa agricultura pro bem da população
Construir uma nação, construir soberania
Pra viver o novo dia com mais humanização.
Quem vive da floresta dos rios e dos mares
De todos os lugares onde o sol abre uma fresta
Quem sua força empresta os quilombos, as aldeias
Quem na terra semeia venha aqui fazer a festa.

Para refletir:
- Quem mora no campo e vai estudar na escola da cidade, como é recebido?
- A educação e os conteúdos passados tem a ver com realidade de quem vive no campo?
- É justo os educandos levantarem 4 a 5 horas da manhã e voltar ao final da tarde para poder estudar. Existem leis que garantem o direito a escola do campo?

18-BRASILEIRO

(Kátia Horn)
Esqueci dos cipós
Com que fazia minha armas
Comprei minha embriaguez
Com o lixo branco
e agora
quase fora da calçada
distribuo minha desgraça
as línguas dos cães.
Eles lambem minha tristeza.
Índio não entende vocês
Homens de cimento.
Índio não domina dua cachaça,
Nem alcança suas distâncias,
Homens de rodas.
A tribo não precisava.
Seu dinheiro e seu plástico.
A tribo gostava da mata,
Índio amava seus pássaros,
Índio vivia suas cores.
Agora homem toma a terra,
Agora homem mata,
E eu morro.
Sem direito a socorro,
Sem direito a seu carro.
Enquanto meu filho
Caminha pelo cimento.

Para refletir:

- O Brasil foi descoberto?
- Em sua opinião o desrespeito a cultura de um grupo social é violência? Ou não?
- Você acha que os indígenas são tratados da forma que merecem?

19-ÍNDIO
(Susi Monte Serrat, Matilde e João Bello)
(2x) Somos todos índios
Na imensidão da mata,
Somos todos lindos
Na nudez da raça.
Banho de rio, cachoeira
Na limpidez da água.
E rio virou piscina
E Mata virou praça,
E Quero ser mais índio
Na imensidão da mata.
E coração aquece
Em volta da fogueira,
E há um ser que cresce
Pela vida inteira;
Coração merece
Calor e brincadeira
Calor e brincadeira
Somos todos índios
Somos todos índios lindos,
Na imensidão da mata
Somos todos índios
na nudez da raça
E coração aquece
Em volta da fogueira,
E há um ser que cresce
Pela vida inteira;
Coração merece
Amor e brincadeira
(improvisação)

Para refletir:
- A canção denuncia alguns crimes ambientais. Quais?
- Existe coerência na mensagem da canção? Por que?
- Existiam no Paraná 84,3% de mata nativa. Em 1912 cerca de 4 séculos depois existiam 83,2%. Em 1950 este número caiu para 43,5%.Em 1990 estava em 17%. Pesquise quanto existe de mata nativa em atualmente em nosso Estado.
- Com base nos dados acima e na sua pesquisa. O que é possível concluir em relação a chegada dos estrangeiros e a revolução industrial?

Sugestão: Assista o bloco 5/11-Movimento Indígena.

20-ESCOLHAS

( Vivieny Nogueira Visbiski )


Ao que passa a medida do tempo, por vezes tão fugaz

Outras vezes tão longa, a vida vai se desenhando sinuosa e esguia

As escolhas vão se apresentando, como uma folha que passa com a brisa leve,

facilmente ao alcance das mãos;

Ou como uma folha no vento rápido de um temporal,

É preciso correr para alcançá-la, temos que pensar as escolhas,

Sentir as escolhas.

Coração e razão divididos e unidos entre tantos ventos e tantos caminhos possíveis,

Ser educadora/educador...Escolha do coração

É viver entre a calmaria e o temporal,

É viver dualidades que se entremeiam

Como o amor e o ódio, a dor e o prazer, o rancor e o perdão;

A loucura e a lucidez, a esperança e o desânimo;

O cansaço e a enregia, família e distância;

Sala de aula vazia e cheia, silêncio e barulho, raiva e ternura;

Sorrisos e lágrimas...

Prá ser educadora/educador, tem que ter emoção, tem que ser artista,

Tem que deixar o coração mole e duro ao mesmo tempo,

Ter muito café no bule e cartas na manga!

Haja alma, haja fôlego!

Haja ouvido para escutar, palavras prá falar,

Haja pensamento e responsabilidade para a nossa grande tarefa!

Então vamos sem demora, é no caminho que se faz caminhante,

É no caminhar que vivemos a felicidade,

A felicidade da escolha de ser educadora/educador

Então, vamos, vamos!

O caminho é longo, não podemos parar.

21-CÁLIX BENTO
Folclore Mineiro – Adaptação: Tavinho Moura

Ó Deus salve o oratório
Ó Deus salve o oratório
Onde Deus fez a morada
Oiá, meu Deus, onde Deus fez a morada, oiá
Onde mora o calix bento
Onde mora o calix bento
E a hóstia consagrada
Óiá, meu Deus, e a hóstia consagrada, oiá

De Jessé nasceu a vara
De Jessé nasceu a vara
E da vara nasceu a flor
Oiá, meu Deus, da vara nasceu a flor, oiá
E da flor nasceu Maria
E da flor nasceu Maria
De Maria o Salvador
Oiá, meu Deus, de Maria o Salvador, oiá

Para refletir:
- Você já ouviu falar em Folia de Reis?
- Existe alguma festa, ou atividade que surgiu do povo na sua cidade ou região?
- Relacionar costumes, crenças, culinária, costumes, canções, danças, próprias da sua região.
- Pesquisar a origem da palavra folclore.


Leitura complementar:
Ação Griô
A Ação Griô valoriza a tradição da oralidade enquanto patrimônio imaterial e cultural a ser preservado. É um desafio no âmbito das políticas culturais devido a inexistência de uma tradição na valorização desta manifestação cultural. A transmissão oral permeia as mais diversas culturas e independente da origem ou da etnia muitos povos tem a oralidade como única fonte da perpetuação de sua história.
O Griô é um guardião da memória e da história oral de um povo ou comunidade, são lideres que têm a missão ancestral de receber e transmitir os ensinamentos das e nas comunidades. A palavra é sagrada e, portanto, valorizada num processo ancestral como fio condutor entre as gerações e culturas. Neste contexto também assim são considerados sagrados os Griôs enquanto mantenedores dessas culturas. O ser Griô é ritualístico, sua vida é formada por uma preparação onde ele tem o dever de escutar por um determinado tempo, o que para aquela comunidade é sagrado, e posteriormente transmitir esses ensinamentos.
A Ação Griô Nacional é uma ação compartilhada no âmbito do Ministério da Cultura através da Secretaria de Cidadania Cultural, SCC-MinC e o Ponto de Cultura Grãos de Luz/Lençois-BA, visa a preservação das tradições orais das comunidades e a valorização dos Griôs, Mestres e Aprendizes enquanto patrimônio cultural Brasileiro.
Por meio de editais públicos a Ação Griô apoia projetos pedagógicos que contemplem as práticas da oralidade, dos saberes e dos fazeres dos Mestres e Griôs nas parcerias dos Pontos de Cultura com escolas, universidade e entidades do terceiro setor.
Atualmente a Ação contempla 650 bolsistas entre Griôs, Mestres e Griôs Aprendizes das tradições orais de diversos grupos culturais, indígenas, quilombolas, povos de terreiro, mestres e outros.

Sugestões de pesquisa:







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