segunda-feira, 18 de julho de 2011

Bloco IV - DIVERSIDADE

1-SUSTANÇA – Mário Pirata

Olha o sapo dentro do saco
Olha o saco com o sapo dentro
Quem nasce carece cuidado
Carinho para o sustento
No arroz tem a galinha
No pão tem o fermento
Eu como feijão com farinha
Cebolinha e coentro
A palavra fica bonita
Recheada de sentimentos
Cada verso que eu faço
Outro verso eu invento


Para refletir:

- É possível rechear as palavras de sentimento? Como? Dê um exemplo. Ler as frases para todo o grupo.


2-Brincando a gente aprende
(Susi Monte Serrat)


Eu gosto tanto de brincar e é muito bom
Quando o adulto vem sentar aqui no chão
Eu gosto tanto de brincar e é muito bom
Quando o adulto vem rolar aqui no chão
Sem se preocupar com hora prá parar
Sem se preocupar se vai se sujar
Brincar me ajuda a ver o mundo diferente
Você quer saber, brincando a gente aprende

(falado)Aprende a ser solidário, aprende a ganhar, aprende a perder
E aprende a crescer
Brincar me ajuda a ver o mundo diferente
Você quer saber... Brincando a gente aprende
Aprende, aprende.

Para refletir:

- Exercite a memória. Relacione quantas coisas na sua vida você aprendeu brincando.

- Texto livre

- Lembrar de brincadeiras de criança.

- Por que e quando você deixou de brincar?

3-Infância da Globalização – Laura Monte Serrat Barbosa

Criança de sai justa, de salto alto,
pintando os lábios como uma mulher;
meninos a trabalhar no asfalto:
”Leva dois por um, quase não custa;
leva, mesmo se não quer!”

Crianças na escola;
depois, aula de inglês,
Kumon – matemática e português,
espaço para a informática,
para robótica e pro xadrez.

Crianças na escola;
depois, na esquina,
pedindo esmola,
não para comprar “traquinas”,
mas para alimentar a menina,
irmã menor que definha.

Rico, pobres e remediados...
Onde está a infância?
Será que toda ganância
a está deixando de lado?

Colocamos a infância
como alvo do consumo,
e quem não puder consumir
torna-se alvo do infortúnio.

Ser criança, hoje em dia,
parece não ter a ver com folia,
com brincadeira
e com sabor

Ser criança é compromisso,
é ter coisas, mas sem reboliço,
é guardar tudo que é viço,
é catar coisas no lixo,
é cantar em uníssono,
sem pensar...

É entrar na roda vida
e comprar, comprar, comprar...
É entrar na roda viva
e lutar, lutar, lutar...
Sem espaço e tempo pra brincar!

Vamos lá minha gente,
vamos salvar a infância!!!
Comece por você!

Cante, dance, espante
o terno, o “taiêr” e a arrogância.
Jogue bola de meia,
faça da dança um momento,
brinque de ser sereia,
entre no rio e mergulhe,
corra no mar e na areia,
jogue bolinha de gude,
dirija seus carrinhos,
seja bombeiro....
Apresse a ambulância,
conte carneirinhos e cordeiros,
distribua brigadeiros,
reparta aquilo que é seu
e ensine para seu filho
que a infância ainda existe:
se você não quiser, do metal, só o brilho;
e se ele puder deixar de ser triste!!


4-FUI NO TORORO - Folclore –

Eu fui no Tororó beber água não achei
Achei bela Morena
Que no Tororó deixei
Aproveita minha gente
Que uma noite não é nada
Se não dormir agora
Dormirá de madrugada
Oh ! Mariazinha,
Oh ! Mariazinha, entrarás na roda
Ou ficarás sozinha !
Sozinha eu não fico
Nem hei de ficar !
Por que eu tenho você
Para dançar!


Para refletir:

- Quem conhece esta música?

- Você teve alguma lembrança?Qual?

- Quais os sentimentos que você teve?


5-SE (Autoria desconhecida)

Se gato tivesse asas? Como é que ele andaria?
Voaria pela árvores e faria um ninho?
Se os pássaros tivessem patas? Como é que eles andariam?
Passo a passo como a tartaruga? Ou depressa como um cavalinho
Se o cavalo tivesse escamas? Rabo de peixe, barbatanas?
Seria um peixe cavalo trotando pelos caminhos? Ou seria um cavalo marinho?
Se o cavalo marinho tivesse mãos como um macaquinho?
Pularia de galho em galho, comendo banana e coquinho?
Se você não fosse como você é? Como é que você seria?
Baixo ou alto? Gordo ou magrinho?
Branco ou negro? Castanho ou louro? Como é que voçê seria?
Ainda bem que todos nós temos o nosso jeitinho de ser.
Se todos fossem iguaizinhos. Quem haveria de nos reconhecer?
E que chato quer ia ser.......

Para refletir:

- Um outro olhar sobre o óbvio. Olhar da Poesia.

- Ver-se no outro. Exercício de alteridade.

- Você gosta de ser respeitado?

- Violência – Bullyng
Você faz aos outros o que não gosta que façam contigo? Por quê?



6-PIRULITO QUE BATE BATE

Pirulito que bate bate
Pirulito que já bateu
Quem gosta de mim é ela
Quem gosta dela sou eu


7-Adélia Woellner (fala A)

8- E se?
(Silvana Abreu)

E se, num acesso de insanidade, de falta de bom senso,
A gente assumisse que somente atos amorosos serão aceitos?
Se a gente decretasse que apenas desejos intensos pudessem ser expressos em público?
Se a gente espalhasse as mais absurdas afirmações de paixão e de amor, em alto e bom som?
Sem se importar com nada mais?
Será que viria a polícia e nos prenderia por desacato?
Ou enfermeiros nos atariam aplicando calmantes e tranqüilizantes?
Ou seríamos levados a julgamento por perversão e obscenidade?
Se tirarmos o pé do freio e jogarmos o veículo da nossa vida
no abismo delirante da luz mais intensa e sedutora?
Seria a morte? Seria o fim?
Se a gente organizasse uma passeata com todos os malucos
que ainda acreditam na alegria de entregar corpo e alma ao nada, sem garantia nenhuma?
E saíssemos gritando frases sem sentido como: só o amor constrói?
Será que seríamos vaiados, chutados, ameaçados a pauladas?

Será que ofenderíamos as senhoras mais sensíveis?
Ou faríamos, de repente, um outro mundo possível?
Ou faríamos, num só instante, um mundo impossível aqui mesmo?


Para refletir:

- Debater o olhar da escritora e atriz Silvana Abreu sobre o texto.

- Provocar a feitura de texto pelos educandos inspirados pelo texto E SE...

- Estimular leitura dramatizada do texto pelos educandos.


9- Adélia Woellner (fala B)

10-DESCOMPASSO
Me querem mãe, e me querem fêmea.

Me fazem omissa, e me cobram participação.

Me querem líder, e me fazem submissa.

Me impedem de ir... e me cobram a busca.

Me enclausuram nas prendas do lar, e me cobram conscientização.

Me podam os movimentos, e me querem ágil.

Me castram o desejo, e me querem no cio.

Me inibem o canto, e me querem música.

Me apertam o cinto, e me cobram liberdade

Me impõem modelos, gestos, atitudes e comportamentos, e me querem única.

Me castram, me podam, falam e decidem por mim e me querem plena e absoluta.

Que descompasso!


Para refletir:

- Você se viu na poesia?

- Existe violência doméstica em nosso meio?

- Em sua opinião o respeito a mulher em sua comunidade existe?

- Pesquisar sobre as mulheres no trabalho, casa, escola.

- Lei Maria da Penha: você conhece?


11-ISIS
(Susi Monte Serrat 31/03/2010)

Sorriso de menina,
Coragem de mulher,
Da criação a vida,
Da gestação a cor.

Do barro maravilhas,
Do senso muito humor,
Serenidade sempre,
Mesmo diante da dor.

Sobrevivente de si,
Mensageira do amor,
Um coração pensante
Palpitando em todos nós...

(Para mãe
Dos amores "secretos",
Estou meio sem teto,
Não mostro "fraquezas"
Não quero me expor.
Mas chega o dia,
Que vejo a partida,
E abre a ferida.
Então, devolvo saliva
Para os olhos secos de não chorar
Esta tua falta.
E vem a vontade de dizer
Que só sei te ama,amar e amar!!!)

Sobrevivente de si,
Mensageira do amor,
Um coração pensante
Palpitando em todos nós,
E nas novas gerações

Isis,Isis, Isis

12-DIVERSIDADE
.(João Bello)

RESPEITO VAI....RESPEITO VEM....
VOCE TEM PELO OUTRO....
ELE TEM POR VOCE TAMBÉM"

Na negritude de tua pele, entendo o respeito a liberdade.
Na nudez do teu corpo, vejo o valor do desapego.
Na sua sensual sexualidade, percebo a orientação e a felicidade.
Nas minhas naturais necessidades, sinto dificuldades iguais e especiais.
Na fé e esperança em tua crença, compreendo o ateu e reconheço meu próprio DEUS.

Para refletir:

- Cite 4 questões importantes descritas no poema.

- Em sua opinião o que tem a ver liberdade com negritude?

- O que tem a ver orientação sexual com felicidade?

- Por que o autor mistura ateu com deus?

- Você tem alguma necessidade na sua vida?

- Você consegue se colocar no lugar do outro? Já experimentou o exercício?


13-Texto Fred Maia – Inspirado em Charles Chaplin

Se você tivesse acreditado
na minha brincadeira
de dizer verdades.
Teria ouvido verdades
que teimo
em dizer brincando.
Falei muitas vezes
como o palhaço,
mas nunca desacreditei
da seriedade,
da platéia que sorria.


14-Seu Noé

Lá vem o seu Noé
Comandando o batalhão
Macaco vem sentado na corcunda do leão
E o gato faz miau, miau, miau,
E o cachorro Lulú, au, au, au, au,
O peru faz glú, glú,
E o carneiro faz mé,
E o galo garnisé, qué, quéré, quere qué qué.

15- Hélio Leites (fala A)

16- Sílvio Pereira

17- Hélio Leites (fala B)

18- Professora Margareth

19- Hélio Leites (fala C)

20- Chapeú de 3 Pontas – Folclore Espanhol –
(No Brasil)

O meu chapéu tem três pontas
Tem três pontas o meu chapéu
Se não tivesse três pontas
Não seria o meu chapéu

(Em Portugal)
O meu chapéu tem três bicos
Tem três bicos o meu chapéu
Se não tivesse três bicos
O chapéu não era meu

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